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Estudo detalha descoberta de planeta gigante com densidade de algodão-doce

Batizado de WASP-193b, esse mundo estranho fica situado a 1.232 anos-luz de distância da Terra
Por History Channel Brasil em 16 de Maio de 2024 às 13:11 HS
Estudo detalha descoberta de planeta gigante com densidade de algodão-doce-0

Ano passado, uma equipe de astrônomos anunciou a descoberta de um planeta gigante com densidade de algodão-doce. Agora, um novo estudo publicado no periódico científico Nature Astronomy oferece detalhes sobre esse estranho mundo. Batizado de WASP-193b, ele fica situado a 1.232 anos-luz de distância da Terra.

Gigante gasoso

Os cientistas descobriram que o WASP-193b é um gigante gasoso 50% maior que Júpiter, mas com cerca de um décimo de sua densidade. Trata-se do segundo planeta mais leve descoberto até hoje (sendo que o menor é o Kepler 51d). O grande tamanho do WASP-193b, combinado com sua densidade extremamente baixa faz dele uma espécie de raridade entre os mais de 5.400 planetas descobertos até hoje.

"Encontrar esses objetos gigantes com uma densidade tão baixa é realmente muito raro", disse Khalid Barkaoui, líder do estudo e pós-doutorando do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. "Existe uma classe de planetas chamada Júpiteres inchados, e há 15 anos sua natureza permanece um mistério. E este é um caso extremo dessa classe", afirmou.

No estudo, os cientistas calcularam que a massa do WASP-193b equivale a cerca de 0,14 da massa de Júpiter. E sua densidade é de cerca de 0,059 gramas por centímetro cúbico. Em contraste, Júpiter tem cerca de 1,33 gramas por centímetro cúbico, enquanto a densidade da Terra é de 5,51 gramas por centímetro cúbico.

Segundo os cientistas, a descoberta do WASP-193b pode ajudar a entender melhor a evolução planetária. “Não sabemos onde encaixar este planeta em todas as teorias de formação que temos atualmente, porque ele é uma exceção em todas elas”, disse Francisco Pozuelos, coautor do estudo e pesquisador do Instituto de Astrofísica da Andaluzia, na Espanha. “Não podemos explicar como este planeta se formou com base nos modelos clássicos de evolução. Observar mais de perto sua atmosfera nos permitirá obter seu caminho evolutivo”, completou.

Fontes
MIT
Imagens
K. Ivanov/MIT, via EurekAlert