A incrível experiência científica de 150 anos que continua em andamento
No ano de 2021, uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, desenterrou um verdadeiro tesouro para a ciência. O que eles recuperaram do solo foi uma garrafa enterrada no local há 145 anos. O artefato faz parte de uma das experiências científicas mais longas da história.
Ervas daninhas
Em 1879, o botânico William J. Beal enterrou na Universidade de Michigan 20 garrafas de vidro com 50 sementes de 23 espécies de ervas daninhas, para determinar quanto tempo uma semente pode viver e ainda germinar. Para não esquecer sua localização, ele desenhou um mapa. A garrafa desenterrada há três anos era a de número 14.
El fascinante experimento que lleva casi 150 años en marcha custodiado por un selecto grupo de científicos "espartanos” https://t.co/fqrHlAenT9
— BBC News Mundo (@bbcmundo) March 16, 2024
Beal desenterrou as primeiras garrafas a cada cinco anos, mas ao perceber que as sementes ainda estavam viáveis, estendeu os períodos para 10 anos. Quando tinha 77 anos, Beal deixou o experimento nas mãos de seu jovem colega Henry T. Darlington. O experimento já passou por sete guardiões e o período de espera foi estendido para 20 anos.
Até agora, várias das sementes deixadas por Beal continuam germinando depois de mais de um século dormindo sob a terra. Além disso, os cientistas agora podem realizar testes que na época de Beal eram inimagináveis, como exames de DNA. Espera-se que a última garrafa seja desenterrada no ano de 2100, mas os pesquisadores não descartam que o experimento seja prolongado.