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Descoberta surpreendente é feita no interior de caixão de chumbo do Império Romano

Pesquisadores ficaram intrigados com o conteúdo do artefato de 1.600 anos encontrado na Inglaterra
Por History Channel Brasil em 06 de Junho de 2024 às 16:10 HS
Descoberta surpreendente é feita no interior de caixão de chumbo do Império Romano-0

Em 2022, foi descoberto um caixão de chumbo de 1.600 anos em Leeds, no norte da Inglaterra. De acordo com os arqueólogos, o artefato remete ao período em que o Império Romano controlou a Grã-Bretanha (43-410 d.C.). Inicialmente, os pesquisadores não deram muita importância ao achado, mas novas análises revelaram um conteúdo surpreendente em seu interior.

Segunda pessoa

As primeiras análises já haviam revelado que dentro do caixão estavam os restos de uma mulher de alta posição social. De acordo com os pesquisadores, ela possivelmente era uma aristocrata romana, que foi sepultada com um bracelete, um colar de contas de vidro e um anel ou brinco. Mas uma investigação posterior indicou que o artefato também guardava os ossos de outra pessoa.

Caixão de chumbo

A nova análise revelou que o caixão continha restos parciais de uma criança que morreu quando tinha aproximadamente dez anos. Os especialistas explicaram que a identificação foi um processo trabalhoso devido à fragmentação dos ossos, que estavam misturados. “Neste caso, havia apenas restos muito parciais da criança, por isso, inicialmente, não havia nada óbvio que sugerisse que se tratava de mais de uma pessoa até que os especialistas analisaram os ossos mais a fundo”, apontaram os pesquisadores.

Apesar de não se saber a relação exata entre a mulher e a criança, a datação por carbono indicou que ambos foram enterrados na mesma época, levantando questões intrigantes a respeito os costumes funerários romanos tardios na Grã-Bretanha. “A descoberta dos restos de um segundo indivíduo dentro do caixão é fascinante, especialmente porque pertenciam a uma criança. Levanta algumas perguntas inquietantes sobre como as pessoas tratavam seus mortos há mais de 1600 anos”, disse Kat Baxter, curadora de arqueologia do Museu de Leeds.
 

Fontes
La Nación e Museu de Leeds
Imagens
Conselho Municipal de Leeds/Divulgação