Era a noite de uma quinta-feira, mais exatamente do dia 11 de março de 1999, quando, de repente, 11 estados brasileiros e o Paraguai ficaram às escuras. O enorme problema de fornecimento de energia elétrica ocorreu por causa de um incidente em uma subestação da CESP, em Bauru (SP), que provocou o blecaute.
A pane elétrica acionou um sistema de segurança da Usina de Itaipu, que abastece o Paraguai e grande parte do Brasil, deixando 50 milhões de brasileiros sem luz.
Dezesseis turbinas da usina foram desligadas, o que afetou o fornecimento de energia elétrica nas regiões sul, sudeste, centro-oeste e o Distrito Federal, além do Paraguai, que ficou sem energia por 15 minutos. Este é considerado o segundo pior apagão da história do Brasil – o primeiro aconteceu em 10 novembro de 2009, quando 90 milhões de pessoas foram atingidas.
O início do apagão ocorreu às 22h16min, com término de madrugada, às 3h39min. O interrompimento no fornecimento de energia variou de acordo com a cidade e o estado – no Rio de Janeiro faltou luz por 45 minutos, mas depois ela voltou a cair; São Paulo foi o último local a ter a energia restabelecida totalmente.
O incidente desencadeou uma grande discussão sobre a infraestrutura brasileira de energia elétrica. Inicialmente, a causa do apagão foi atribuída à queda de um raio na subestação de Bauru, contudo, estudos meteorológicos mostraram que não ocorreram tempestade de raios no local no dia do blecaute. Mais tarde, o Ministério de Minas e Energia admitiu que havia redução dos níveis de segurança e manutenção da subestação.
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