Uma das maiores tragédias marítimas aconteceu na noite de 16 de abril de 1945. O navio alemão Goya transportava quase 7 mil pessoas, a maioria militares feridos da Wehrmacht (força de defesa) e civis que fugiam do Exército Vermelho, quando foi atingido por um submarino russo.
O Goya havia zarpado no mesmo dia da península de Hel, na Polônia, através do Mar Báltico, em direção ao ocidente da Alemanha. Quatro horas depois da sua partida, após passar a península, o navio foi identificado pelo submarino L-3, do comandante soviético Vladimir Konovalov, que ordenou o disparo. O Goya começou a afundar sete minutos após ser atingido, próximo da meia-noite. Estima-se que entre 6.200 a 6.700 pessoas morreram no naufrágio ou foram vítimas de hipotermia provocada pelas águas geladas do Báltico. Somente 183 foram resgatados. Konovalov recebeu a medalha de Herói da União Soviética por ter afundado o navio.
Apenas 58 anos após o naufrágio, em 2003, uma expedição internacional localizou os destroços do navio no Mar Báltico, a uma profundidade de 76 metros. Pouco depois da descoberta, o naufrágio foi declarado oficialmente uma sepultura de guerra pelo escritório marítimo polonês em Gdynia.
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