O regime de segregação racial da África do Sul começava a chegar ao fim em 2 de fevereiro de 1990. Naquele dia, o então presidente F. W. de Klerk declarou que o apartheid havia fracassado e que as proibições aos partidos políticos, incluindo o Congresso Nacional Africano, seriam retiradas. Ele também se comprometeu com a libertação de presos políticos, incluindo Nelson Mandela, o fim do estado de emergência, além de declarar uma moratória à pena de morte.
O apartheid vigorou na África do Sul até 1994. A segregação racial no país teve início ainda no período colonial, mas o apartheid foi introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948. A nova legislação dividia os habitantes em grupos raciais ("negros", "brancos", "de cor" e "indianos"), segregando as áreas residenciais, muitas vezes por meio de remoções forçadas.
A partir do fim da década de 1970, os negros foram privados de sua cidadania, tornando-se legalmente cidadãos de uma das dez pátrias tribais autônomas chamadas de bantustões. Nessa altura, o governo já havia segregado a saúde, a educação e outros serviços públicos, fornecendo aos negros serviços inferiores aos dos brancos.
A partir das negociações propostas pelo presidente de Klerk no início dos anos 1990, o regime passou a ser desmantelado. Em 1994 foram realizadas eleições multirraciais e democráticas, vencidas pelo Congresso Nacional Africano, sob a liderança de Nelson Mandela.
Imagem: Walter Rutishauser, via Wikimedia Commons